Número de mortos em megaoperação policial no Rio de Janeiro ultrapassa 130; traficantes de MT eram alvos
Operação Contenção nos Complexos do Alemão e da Penha é a mais letal da história do RJ e resultou em 81 presos; facção criminosa paralisou a cidade em represália.
Reprodução A cidade do Rio de Janeiro (RJ) amanheceu paralisada nesta quarta-feira, 29 de outubro de 2025, um dia após a Operação Contenção, considerada a mais letal da história do estado. O balanço de mortos subiu rapidamente, passando de 64 para mais de 130, segundo a Defensoria Pública do Rio de Janeiro.
O resultado oficial inicial apontou 64 mortos, sendo 60 suspeitos e 4 policiais (dois civis e dois militares do Bope). No entanto, a Defensoria Pública informou na manhã desta quarta-feira que o número de mortos subiu para mais de 130, incluindo 128 suspeitos e os 4 policiais.
Na madrugada, dezenas de corpos foram resgatados por moradores em uma área de mata no Complexo do Alemão e expostos na Praça São Lucas, na Penha, evidenciando a intensidade dos confrontos. Mais seis corpos encontrados na mesma área foram levados em uma kombi para o Hospital Estadual Getúlio Vargas.
Caos e Paralisia na Cidade
Em represália à atuação policial, criminosos do CV determinaram o fechamento do comércio em vários bairros e usaram ônibus e barricadas para bloquear o trânsito na tarde de terça-feira (28), transformando a volta para casa dos trabalhadores em um cenário caótico. Professores e moradores relataram momentos de desespero.
A paralisação se estendeu para esta quarta-feira. Órgãos públicos, como o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), dispensaram servidores. As principais universidades federais e estaduais, como UFRJ, Uerj e UniRio, suspenderam as aulas. Unidades de saúde nos complexos do Alemão e da Penha não abriram para atendimento.
A Operação Contenção mobilizou cerca de 2.500 agentes, resultou na prisão de 81 pessoas, incluindo Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão, operador financeiro do CV, e na apreensão recorde de 93 fuzis.
O governador Cláudio Castro se reúne nesta quarta-feira (29) com a cúpula da Segurança Pública para tratar da operação, que é considerada a mais violenta da história do Rio de Janeiro.
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