Médicos alertam para risco do uso prolongado do omeprazol
Um dos medicamentos mais populares para o alívio de gastrite e refluxo, o omeprazol acende um alerta entre os especialistas sobre os riscos do seu uso prolongado e sem acompanhamento médico. Disponível no mercado há mais de 30 anos, o medicamento pertence à classe dos inibidores da bomba de prótons, que inclui também substâncias como o pantoprazol e o lansoprazol. Sua função é reduzir a produção de ácido no estômago, aliviando a queimação.

"Quando você não tem um processo de acidificação do seu estômago do jeito correto, você não faz a desnaturação das proteínas, você não agiliza o funcionamento do seu intestino delgado que é pH dependente. Você começa a ter a criação de uma quantidade de bactérias enorme no seu intestino. A gente não tem absorção de nutrientes e o ácido clorídrico, ele tem um papel super importante na absorção do ferro. Quando você não tem ferro em boa disposição, você tem problema com infecção, você tem problema com inflamação, você tem problema de plaquetas, você tem problema de imunidade, você tem problema muscular..."
Alguns estudos recentes também sugerem uma possível associação entre o abuso desses fármacos e o desenvolvimento de doenças mais graves, como aponta o biólogo Daniel Forjaz.
"Uma pesquisa chinesa demonstra que o uso de omeprazol aumenta em 240% a chance de você ter câncer do estômago. Porque ela maqueia a presença da bactéria H.pylori."
Existem situações específicas em que o uso prolongado do omeprazol é recomendado, como em pacientes oncológicos ou em tratamento com anti-inflamatórios. Nesses casos, o benefício supera os riscos, e o acompanhamento médico permite monitorar os níveis de vitaminas e minerais.
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