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Canabrava do Norte (nordeste de Mato Grosso) vive um dilema entre o reconhecimento obtido em 2024, quando se destacou com um dos maiores índices de investimento público do Estado, e o ano de 2025, marcado pelo aumento nos gastos com diárias e a redução no ritmo de execução de obras.

As viagens, majoritariamente para Brasília e Cuiabá, foram justificadas como “tratativas institucionais e busca de recursos”. Contudo, a ausência de relatórios públicos que comprovem resultados concretos levanta questionamentos sobre a efetividade e transparência do uso dos recursos públicos.

Um controlador interno ouvido pela reportagem resumiu a crítica: “As diárias não podem se transformar em complemento salarial ou rotina burocrática. Devem estar atreladas a metas e benefícios mensuráveis para a coletividade.”

A percepção popular acompanha o mesmo tom, com moradores cobrando resultados práticos. O cenário de altos gastos com deslocamentos contrasta com 2024, quando o município atingiu o conceito “A” em gestão fiscal no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), com uma taxa de investimento público de 33,6%, uma das maiores de Mato Grosso.

Embora a nova administração argumente que as viagens são necessárias, a população cobra mais objetividade, transparência e prestação de contas. Para o cidadão, o desafio da gestão em 2025 é reconectar o discurso, a prática e os resultados na ponta, revertendo a percepção de que o ritmo de desenvolvimento da cidade desacelerou.

A redação tentou contato telefônico com o prefeito Neuilson da Silva Lima para comentar os dados apresentados nesta reportagem, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

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