Polícia Civil deflagra Operação Rastro de Érebo contra extração ilegal de minérios em Peixoto de Azevedo e Matupá
Ação cumpriu mandados judiciais em balseiros suspeitos de promover garimpo clandestino em áreas de preservação permanente
Imagem Reprodução A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta segunda-feira (20) a Operação Rastro de Érebo, com o objetivo de combater a extração ilegal de minérios nos municípios de Peixoto de Azevedo e Matupá, no Norte do estado. A operação foi coordenada pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) após investigações apontarem danos ambientais causados por garimpo clandestino nos rios Peixoto e Peixotinho.
- Inutilização de balsas quando não for possível a remoção;
- Bloqueio das atividades das cooperativas investigadas;
- Interdição dos empreendimentos até regularização ambiental;
- Proibição de emissão de notas fiscais e exploração mineral;
- Multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Força-tarefa ambiental
As diligências foram realizadas por via fluvial, aérea e terrestre, com apoio de várias instituições de segurança e fiscalização. Participaram da operação equipes da:
- Dema – Delegacia Especializada do Meio Ambiente
- Core – Coordenadoria de Recursos e Operações Especiais
- Delegacia Regional de Sinop
- Ciopaer – Centro Integrado de Operações Aéreas
- Bope – Batalhão de Operações Especiais
- Politec – Perícia Oficial e Identificação Técnica
- Sema – Secretaria de Estado de Meio Ambiente
- Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
Ao todo, 41 profissionais participaram da operação, com o apoio de 13 viaturas, um helicóptero e cinco embarcações.
Crimes ambientais investigados
A investigação teve início em junho, após denúncias de degradação ambiental e poluição dos rios. Segundo a Polícia Civil, a extração ilegal vem causando erosão, assoreamento e contaminação das águas com metais pesados e produtos químicos utilizados no garimpo clandestino.
Os investigados podem responder por crimes previstos na Lei Ambiental nº 9.605/98, como:
- Poluição que resulte em danos à saúde;
- Danos a florestas de preservação permanente;
- Impedição de regeneração natural da vegetação.

Impactos ambientais
O delegado Guilherme Pompeo alertou para os riscos à saúde pública provocados pela contaminação dos rios que abastecem Peixoto e Matupá. “As águas apresentam níveis elevados de sedimentos e metais pesados. Isso compromete a fauna, a flora e o consumo humano”, afirmou.
Segundo a delegada titular da Dema, Liliane Murata, a operação demonstra a importância da integração entre inteligência e ação policial: “Nosso objetivo é proteger o meio ambiente e restabelecer a ordem diante de atividades criminosas que causam prejuízos sociais e econômicos graves”.
Origem do nome da operação
Érebo, na mitologia grega, representa a escuridão profunda. O nome “Rastro de Érebo” simboliza a investigação de crimes ocultos e perigosos ligados ao garimpo ilegal que age à margem da lei.

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