Frigorífico de Matupá tem 90 dias para adotar medidas contra mau cheiro, determina inspeção da Sema e Ministério Público
Unidade já havia sido notificada no ano passado; entre as exigências estão limpeza de lagoas, instalação de tubulações e uso de bioativadores.
Imagem Reprodução 
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e a Promotoria de Justiça de Matupá realizaram uma inspeção conjunta em um frigorífico da região para verificar se a unidade está cumprindo as recomendações ambientais para conter a propagação de mau cheiro proveniente de suas atividades.
O estabelecimento é alvo de um inquérito civil do Ministério Público Estadual (MPE), instaurado após denúncias de moradores que relataram incômodos frequentes devido ao odor.
Segundo a Unidade Desconcentrada da Sema em Guarantã do Norte, no ano passado o frigorífico já havia sido notificado a realizar a limpeza das lagoas de estabilização e reforçar o controle de gases. Durante a inspeção desta semana, os técnicos constataram a necessidade de nova limpeza nas lagoas subsequentes à anaeróbia e a instalação de tubulações afogadas nas entradas de cada lagoa.
Além disso, foram recomendadas outras medidas, como:
Instalação de tampas em grelhas abertas;
Uso de desodorizantes, bioativadores ou bioestabilizadores nos tanques de tratamento de efluentes;
Adequação do crematório às normas para Materiais Específicos de Risco (MER).
Já a Promotoria de Justiça de Matupá sugeriu a implantação de uma cerca-viva de eucalipto ao redor da unidade, formando um cinturão verde para ajudar a conter a dispersão de odores.
O frigorífico terá um prazo de 90 dias para adotar todas as medidas de minimização e mitigação. Após esse período, a Sema realizará uma nova avaliação e, em caso de descumprimento, o empreendimento poderá sofrer sanções legais.
A Sema também explicou que a propagação de odores em atividades alimentícias pode ocorrer por diferentes fatores, como falhas operacionais, ausência de Equipamentos de Controle de Poluição Atmosférica (ECP), inversões térmicas ou falta de monitoramento adequado.
Para identificar a origem do mau cheiro na região, foram aplicados questionários à população de Matupá e Peixoto de Azevedo, com o objetivo de levantar informações sobre horários, intensidade, tipo de odor e percepção dos moradores em relação às possíveis causas.
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