Seja bem-vindo
Matupá,20/05/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Aliança do Setor Produtivo de MT solicita ampliação do crédito do FCO via cooperativas

sistemafamato.org.br
Aliança do Setor Produtivo de MT solicita ampliação do crédito do FCO via cooperativas
Publicidade

Com o objetivo de ampliar o acesso ao crédito para empresas e produtores de Mato Grosso, a Aliança do Setor Produtivo — formada pela Famato, Fecomércio-MT e Fiemt — solicitou à bancada federal o aumento do percentual de repasses do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) via cooperativas de crédito. A proposta é elevar de 10% para 20% os recursos operados por essas instituições, que possuem maior capilaridade no estado e maior capacidade de atendimento a pequenos empreendedores.





Publicidade
O tema foi discutido durante um café da manhã realizado nesta segunda-feira (19.05), na sede da Fiemt, em Cuiabá, com a presença dos presidentes da Famato, Vilmondes Tomain, da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, da Fiemt, Silvio Rangel, da líder da bancada federal de Mato Grosso, deputada federal Coronel Fernanda, e dos parlamentares Coronel Assis, Gisela Simona e Rodrigo da Zaeli. Também participaram representantes das cooperativas financeiras.





“A Aliança surgiu com o propósito de trabalhar pautas conjuntas que beneficiem o desenvolvimento regional. Essa é uma demanda justa, estratégica e urgente para destravar o acesso ao crédito nas pontas, onde está quem mais precisa de investimento para produzir”, afirmou o presidente da Fiemt, Silvio Rangel.





Entre os projetos legislativos apoiados pela Aliança estão os PLs 5187/2017, 912/2012 e 532/2015, que tratam da ampliação da participação das cooperativas financeiras como agentes repassadores dos recursos do FCO e de outros fundos constitucionais. Segundo levantamento apresentado pelas entidades, as cooperativas estão presentes em 159 municípios do Centro-Oeste onde o Banco do Brasil — principal operador atual do fundo — não tem agências. Em Mato Grosso, 95% dos municípios possuem pelo menos uma unidade de cooperativa de crédito.





“Hoje, dois terços das agências bancárias do Centro-Oeste são de cooperativas. Isso significa que temos uma estrutura mais pulverizada e presente nas regiões onde o crédito mais faz diferença. Queremos uma divisão mais justa do FCO”, destacou o presidente do Sicredi Centro Norte, João Spenthof. “Além disso, as cooperativas liberam créditos com ticket médio menor, ou seja, mais pulverizado, o que amplia o alcance e fomenta o pequeno negócio.”





Outro dado relevante apresentado durante o encontro foi a subutilização dos recursos dos fundos constitucionais. Entre 2002 e 2024, 10% do total do FCO — cerca de R$ 4,5 bilhões — não foi aplicado. No caso do FNO (Norte), a taxa de não utilização foi de 25%, e no FNE (Nordeste), chegou a 50%.





“O que vemos é um paradoxo: temos recursos sobrando e, ao mesmo tempo, produtores e empresários que não conseguem acessar esse dinheiro. É um modelo que precisa ser revisto com urgência”, afirmou o superintendente da OCB/MT, Frederico Azevedo.





Presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, ressaltou a importância de crédito e capital de giro para novos investimentos e desenvolvimento do comércio. “Falando especificamente sobre o comércio, tivemos um grande número de empresários que precisaram do FCO durante a pandemia de Covid-19 e hoje estão em dificuldades. Pleiteamos uma taxa de juros mais atrativa para que todos possam se reestabilizar em seus negócios e que estes recursos cheguem a todos os municípios do nosso estado por meio de nossas cooperativas de crédito”, afirmou.





A deputada Coronel Fernanda reconheceu a legitimidade da pauta e se comprometeu a ampliar o diálogo com os parlamentares da região. “Essa é uma pauta justa. Vou apresentar a proposta aos demais membros da bancada de Mato Grosso e também articular com os colegas de Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. É hora de construirmos uma pauta comum do Centro-Oeste. Nosso papel é garantir que os recursos públicos cheguem a quem precisa, especialmente onde o Estado e os bancos não conseguem alcançar.”





“A apresentação desses dados à bancada federal é estratégica para evidenciar a relevância das cooperativas financeiras no fortalecimento da política de desenvolvimento regional. Com ampla capilaridade e presença em milhares de municípios, essas instituições ampliam o acesso ao crédito e promovem maior eficiência na aplicação dos recursos públicos. Para o setor produtivo, trata-se de uma medida que contribui diretamente para a competitividade e o crescimento sustentável do nosso estado e do país”, disso o presidente da Famato, Vilmondes Tomain.





A proposta da Aliança ampliar o crédito e garantir mais agilidade e eficiência na aplicação dos recursos públicos, promovendo o desenvolvimento regional de forma inclusiva e sustentável. Novas reuniões entre a bancada e o setor produtivo devem ocorrer bimestralmente, conforme proposta apresentada durante o encontro.





Texto: Ana Rosa Fagundes – Sistema Fiemt /Thielli Ehlert – Fecomércio MT/ Vania Costa – Famato
Fotos: Lucas Nunes





Publicidade



COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.