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ABIN aponta Mato Grosso como principal rota de entrada de mercúrio contrabandeado pela Bolívia

Relatório da Agência Brasileira de Inteligência detalha que Vila Bela da Santíssima Trindade é a rota mais usada pelos criminosos

Da Redação
ABIN aponta Mato Grosso como principal rota de entrada de mercúrio contrabandeado pela Bolívia
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Um novo relatório lançado hoje (31) pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) aponta Mato Grosso como a principal rota de entrada do mercúrio contrabandeado no Brasil. O metal, altamente tóxico e essencialmente usado no garimpo ilegal, chega ao país através da extensa fronteira com a Bolívia, que recebe o produto de nações como México, China e Rússia.

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Como o Brasil não possui mineração de mercúrio economicamente viável, todo o metal utilizado no país é importado, sendo grande parte ilegal.

Segundo o levantamento, a entrada no Estado ocorre principalmente a partir de duas cidades fronteiriças: Cáceres e Vila Bela da Santíssima Trindade. Esta última é considerada a rota mais utilizada pelos contrabandistas.

“A faixa de fronteira é extensa, com baixa densidade demográfica, o que facilita o transporte do mercúrio entre os países”, explica a publicação da ABIN.

Impacto Ambiental e Social

O contrabando atinge de forma devastadora a região, com destaque para a Terra Indígena Sararé, em Mato Grosso, que sofre com a invasão maciça de garimpeiros. O uso do mercúrio na região está provocando significativa degradação ambiental, com a contaminação do Rio Sararé, perceptível pela alteração da tonalidade da água e o desaparecimento de peixes.

O relatório da ABIN reforça que o mercúrio é um contaminante químico altamente tóxico, listado entre as 10 substâncias mais preocupantes em termos de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nos rios, o metal se transforma em metilmercúrio, a forma mais perigosa para humanos. A contaminação se dá principalmente pela ingestão de peixes, afetando o sistema nervoso, cardiovascular e renal, especialmente nas populações tradicionais, indígenas e ribeirinhas.

O estudo enfatiza a necessidade urgente de ações coordenadas entre os países amazônicos para conter o fluxo ilícito e mitigar seus graves efeitos socioambientais.


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