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Em meio a pilhas de entulho e o cheiro forte do antigo lixão de Matupá (a 685 km de Cuiabá), o menino Leandro Lima encontrou sua primeira biblioteca. Longe de livrarias ou bibliotecas formais, era ali, entre revistas rasgadas e gibis amassados descartados, que ele descobria um universo de conhecimento que mudaria para sempre o rumo de sua vida.

A história de Leandro ganhou destaque na Gazeta Digital, referência em comunicação no Mato Grosso, neste 29 de outubro, Dia Nacional do Livro, data que marca a fundação da Biblioteca Nacional (1810).

O escritor, que também é jornalista e fundador da Editora Olhar Cidade, conta que as páginas encontradas no descarte eram seu refúgio e sua escola. “Eu não tinha acesso a livrarias, mas tinha curiosidade. Lia de tudo: gibis, revistas antigas, enciclopédias rasgadas. Aprendi que o saber é como ouro: está em todo lugar, mas só brilha pra quem o procura.”

Com obras que já alcançaram milhares de crianças e professores, Leandro Lima utiliza suas histórias para transmitir mensagens sobre educação, valores e superação, mostrando que a leitura é a ferramenta mais poderosa de transformação.

“Quando escrevo, lembro de cada página suja de terra que eu lia à luz de lamparina na de tábua na nossa chácara ao lado do lixão em Matupá. O livro me salvou, me educou e me mostrou que o conhecimento é a maior riqueza que alguém pode ter. Por isso, no Dia Nacional do Livro, quero celebrar essa jornada, não apenas a minha, mas de todos os que acreditam que ler pode mudar destinos”, finalizou.

Leandro Lima é autor de diversos títulos publicados, incluindo a “Série Infantil As Três Capivarinhas”, o livro para adolescentes “Capivara Squad” e a obra biográfica “Superando o Lixão: Relatos de Vitória”.

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