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Matupá,05/12/2024

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Após reação negativa, é hora do governo perdir apoio do sistema financeiro em almoço da Febraban nesta sexta

jornaldematogrosso.com.br
Após reação negativa, é hora do governo perdir apoio do sistema financeiro em almoço da Febraban nesta sexta
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concordou que foi um erro anunciar a isenção do Imposto de Renda junto com o pacote fiscal, mas avaliou que a reação negativa do mercado foi exagerada.

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A equipe econômica reclama que o mercado reagiu sem analisar mais profundamente as medidas, declarando que a economia de gastos não é suficiente para zerar o déficit no ano que vem.

Nesta sexta-feira (29), será a hora de pedir apoio e compreensão do sistema financeiro em almoço da Federação Nacional dos Bancos (Febraban), em São Paulo.

No encontro de fim nde ano da entidade, a equipe econômica vai comparecer em peso: Fernando Haddad, Simone Tebet, Esther Dweck e Gabriel Galípolo.

O governo trabalha com um cenário em que as turbulências no mercado vão persistir por mais alguns dias e semanas, mas que o clima deve se acalmar quando for construído um acordo no Congresso para aprovar as medidas.

Até isso se consolidar, Haddad vai procurar convencer o mercado financeiro a esperar a evolução das negociações no Legislativo.

A equipe econômica tem um relacionamento melhor com a Febraban, que reúne principalmente os grandes bancos brasileiros, do que com as corretoras do mercado financeiro, a chamada Faria Lima. Ontem, por sinal, a entidade soltou uma nota destacando os pontos positivos do pacote final.

Mas não deixou de fazer alertas ao final da nota, lembrando que o governo não tratou da vinculação de receitas à saúde e educação. E também foi uma falha misturar algo positivo, como a isenção do Imposto de Renda, com medidas para contenção de gastos.

O presidente Lula não gostou da reação negativa às medidas fiscais, diz que não pode governar pensando em agradar o mercado e afirmou que está acostumado com essas reações quando são anunciadas medidas para beneficiar os mais pobres. Aos que reclamam das medidas, ele diz que fará o que for necessário para garantir um crescimento econômico sustentável.

Um interlocutor de Lula comentava ontem que estava em busca de um manual de instruções do mercado para entender como ele funciona.

- Esta reportagem está em atualização

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